Visitas Técnicas e Aulas de Campo: Pra que mesmo?

Baobá - Praça dos Mártires (Passeio Público)

Sempre que um professor deseja confrontar seus alunos com a realidade ou ainda faze-los vivenciar aspectos teóricos na prática, ele pode optar por sair e fazer uma visita técnica ou ainda uma aula de campo.

Praça dos Mártires (Passeio Público) - Explanação da Professora Regina Guimarães

 

Aulas de campo representam a saída do universo escolar para o estudo in loco, ou seja, o local visitado se converte em um laboratório real onde professores e alunos assimilam mais facilmente conhecimentos teóricos através dessa visualização e vivências práticas.

Aluno Gean guiando a turma pelas dependências da CETUR

 As visitas técnicas, por sua vez, oportunizam a vivência da realidade muitas vezes sem interferência direta do professor, uma vez que outros profissionais se tornam os facilitadores do conhecimento disponibilizado ao aluno.

Como professor da área de Turismo e Hospitalidade, aulas de campo e visitas técnicas são momentos ímpares para oportunizar aos alunos a vivência da realidade turística cearense. Nessa caminhada junto à comunidade discente, tivemos a oportunidade de "visitar" alguns lugares e de oportunizar o acesso ao (re)conhecimento das diversas potencialidades que podem ser percebidas nos mais variados espaços ditos turísticos.

Escadaria da Praça Gal. Tibúrcio (Praça dos Leões)

Um dos primeiros "espaços" que sempre procuramos visitar é o Centro Histórico de Fortaleza/CE, uma vez que acreditamos ser imprescindível a valorização da história fortalezense, bem como, a construção de um sentimento de pertença a esse contexto histórico e de reconhecimento da evolução da capital cearense como do próprio estado. 

Theatro José de Alencar

Igreja do Rosário

Fortaleza pode ser considerada como uma cidade nova frente a muitas cidades e capitais brasileiras, ainda assim tem em muitas de suas edificações o retrato de sua história. Os prédios da capital cearense são em sua grande maioria de estilo clássico e neo clássico. Tem-se ainda alguns com traços remanescentes do barroco (como é o caso da Igreja do Rosário) e outros ainda com traços de Art-Nouveau (como prédio do Theatro José de Alencar).

 

Outros espaços visitados com alunos foram os espaços de compras e os templos e espaços de fé e história ambos em Fortaleza/CE.

CETUR

Mercado Central

Na tentativa de conhecer o potencial do turismo de compras em Fortaleza, Centro de Turismo, Mercado Central, Avenida Monsenhor Tabosa e CEART foram os espaços visitados e permitiram aos alunos e professores conhecerem muito do artesanato do Ceará, bem como, as confecções e calçados produzidos no estado.

 

Av. Monsenhor Tabosa

CEART

Caminhando pela fé e história do povo fortalezense/cearense, tivemos a oportunidade de reconhecer a religiosidade do povo nordestino e o potencial que isto pode configurar-se para o turismo local.

Igreja de Nsa. Sra. da Conceição da Prainha (Seminário da Prainha)

Catedral Metropolitana (Igreja da Sé)

 

Santuário do Sagrado Coração de Jesus

Igreja do Carmo

Igreja de Fátima

Estátua de Nsa. Sra. de Fátima (Praça Pio XI)

Igreja de Nsa. Sra. da Conceição da Prainha, Igreja de Nsa. Sra. de Fátima, Santuário do Coração de Jesus foram alguns dos templos visitados. 

Mirante na Praia de Mundaú - Trairi/CE

Outros pontos aos quais vistamos foram as cidades de Trairi e Aquiraz, ambas no litoral cearense.

Pousada das Marés - Empreendimento hoteleiro em Mundaú.

A visita a cidade de Trairi nos possiblitou, dentre outras coisas, apreciar as belezas naturais da região, conhecer seu potencial turístico e observar seu parque hoteleiro.

Lagoa de Messejana - Fortaleza/CE

Aquiraz por sua vez, nos possibilitou a caminho de suas terras conhecer um pouco de um dos bairros mais populosos de Fortaleza: Messejana, com sua bela homenagem a seu filho ilustre, José de Alencar, e sua mais famosa obra, Iracema. Conhecemos também o Centro das Tapioqueiras, lugar tranquilo para se apreciar uma das iguarias de nossa terra.

Centro das Tapioqueiras - Fortaleza/CE

A chuva foi-nos traiçoeira e acabou nãos nos permitindo apreciar plenamente o centro histórico de Aquiraz e as belezas de suas praias (fica para uma próxima...).

Igreja de São José de Ribamar - Centro Histórico de Aquiraz/CE

Bom, esse foi algumas de nossas incursões pelo Ceará. Espero que em breve tenhamos mais visitas e aulas e possamos compartilhar com todos vocês... Ah, e por sinal, alunos queridos, que lugares cearenses (e isso inclui Fortaleza) vocês gostariam de visitar em uma aula de campo/visita técnica? Tô no aguardo de sugestões...

Abraços e até uma próxima!

E mais coisinhas pra estudar, refletir...

Hoje em sala, recebi pedidos de postagem (fiquei tão feliz em saber que meus alunos estão lendo meu blog e percebendo que ele é um instrumento de auxílio... uebaaa!). Então vamos aos pedidos...

Ao tentarmos compreender a dimensão de ação do fenômeno turístico, nos deparamos com um raio imenso de ação  que aponta que o turismo apresenta uma intrincada complexidade (parece redundante,  não é?). Na tentativa de se mergulhar nessa complexidade e se entender as dimensões e fundamentos do turismo, vários são as correntes de pensamento que se aventuram a estudar a atividade turistíca. Sociologia, Economia, Antropologia, Administração, Psicologia e outras várias áreas da ciência adentram no estudo do Turismo e nele apontam uma série de singularidades. 

É nesse tipo de aventura, é que o Turismo também foi estudado dentro da Teoria Geral dos Sistemas. Mário Beni foi o maior expoente desse estudo em seu livro "Análise Estrutural do Turismo" (Curiosidade: esse livro se encontra na biblioteca de vocês!). Assim, ao se estudar o Sistema Turístico - SISTUR se tenta entender o maior número possível de implicações que o Turismo acarreta e como o meio onde ele se insere o influencia e, muitas vezes, o determina.

Bom, o estudo do SISTUR revela uma série de atores sociais envolvidos e que agregados em seu determinado lócus conseguem produzir e dar mais valor a experência do viajante.

O Sistema Turístico apresenta o fenômeno turístico em sua possíveis relações bem como em suas interferências e nas influências que recebe.

Assim, como a figura acima expõe o SISTUR apresenta três grandes conjuntos ou subsistemas: Conjunto das Relações Ambientais, Conjunto da Organização Estrutural e o Conjunto das Ações Operacionais.

• Conjunto das Relações Ambientais: apresenta as influências recíprocas do Turismo e do ambiente ao qual ele se insere. Assim sendo compreendido, esse conjunto apresenta-se subdividido em: subsistema ecológico (apontando e analisando as consequências da atividade turística sobre o meio ambiente), subsistema econômico  (a análise do turismo como atividade econômica e sua relação com a economia em si e esta sobre o próprio turismo), subsistema social (análise da ação do turismo em sua interação com a sociedade e as diversas relações estabelecidas entre turismo e sociedade), subsistema cultural (as relações do turismo com os aspectos culturais e as influências que estes exercem mutuamente);
• Conjunto da Organização Estrutural: analisa a "espinha dorsal" da atividade turística em seus elementos que dão suistentáculo a atividade em si, ou seja, infraestrutura (parte material, física da organização e do espaço) e superestrutura (complexa organização tanto pública quanto privada que permite harmonizar a produção e a venda de diferentes serviços do SISTUR).
• Conjunto das Ações Operacionais: estuda os aspectos do turismo dentro de sua estrutura de distribuição, ou seja, o turismo dentro da perspectiva de mercado. Mercado aqui entendido pelo conjunto de consumidores de turismo (demanda turística) e pela totalidade de oferta de produtos turísticos (oferta turística).  

Além do SISTUR, temos ainda o estudo do turismo dentro de sua estrutura produtiva e econômica. A análise da Cadeia Produtiva do Turismo é mais uma das várias maneiras de se abordar o fenômeno turístico, sendo esta faceta pelo viés econômico e de mercado.

O esquema acima tenta apresentar o Turismo nas seus inúmeros elos, apontando a maioria dos segmentos impactados pelo efeito multiplicador da atividade turística, bem como os vários setores que movimentam a chamada indústria turística.

Bom, essa são algumas abordagens do estudo do fenômeno turístico e nos permitem tentar entender o raio de ação da atividade... É isso por enquanto crianças... até uma próxima!

Dessa vez eu falarei de mim...

Há pessoas que não entendem a forma como eu levo a vida... tenho uma lema clássico que tento aplicar em todos os campos de minha vida. O lema é:

"A vida é simples, NÓS é que somos complicados!"

Já incomodei muita gente com essa frase e muita gente ainda se incomoda com minha postura... Quem tem algo contra a praticidade, levante a mão! Eu não tenho nem um pouco! Hehehehehehe... Não suporto a idéia de ficar aumentando as coisas, de sofrer mais do que o necessário,  de ficar remoendo as imposições da vida, de ficar reclamando daquilo que não posso mudar, de sofrer sem necessidade...

Há quem defenda piamente que eu não tenho sentimentos, pois é gente sinto lhes informar eu tenho! Hehehehehe! Só que ele aparece sempre que se faz necessário e sai de cena sempre que reestabeleço o controle das emoções, simples assim! Já chorei por perder um amor, por não atingir um objetivo, por não ser querido por A ou B, me dei umas 24 horas de "luto" e segui adiante... e vocês querem saber porque... Porque não valia a pena ficar sofrendo, eu me amo demais para ficar tendo pena de mim mesmo...

 

Me digam fãs do sofrimento: adianta chorar o leite derramado? Adianta querer mudar o imutável? A resposta é simples: Não! Então, para que essa complicação toda?

Meus queridos, as coisas já são complicadas por si só, não precisam da gente tornando-as mais complicadas. Viver no mundo é bem mais simples do que vocês podem imaginar... Tracem um objetivo (eu tracei vários e tô atigindo um a um), uma meta e sigam para atingir... Se aparecer no caminho algo que não dá para mudar, não perca seu tempo reclamando, se adequa a situação, tira a lição melhor de tudo o que você está vivendo e segue... Vai ser feliz!

"Perca" seu tempo sofrendo, reclamando por aquilo que você pode investir esforços em mudar... Seja feliz com o que tem e lute por aquilo que o fará mais feliz... Viva! Simples assim!

A vida sempre se apresenta simples para gente vivê-la... Segue assim e tudo será perfeito no final... e se não for perfeito, será pertinho da perfeição!

Para meus aluninhos... mais dicas

Pois é meus queridos, o professor de vocês está tentando ensiná-los a "passar" nos meus inúmeros (e difíceis, segundo vocês... eu nem acho, hunf!) trabalhos e provas...

Por incrível que pareça a solução é bem simples: ESTUDEM!! (hehehehehehehehe)

Brincadeiras a parte, existe um caminho até fácil para vocês driblarem meus trabalhos e se darem bem no final. Sei que a vida de todos vocês (e de todos os alunos do mundo) parece muito ocupada para ter tempo suficiente para meter a cara nos livros, cadernos, sites educativos e por vai. Como todo adolescente que se preza (vamos só lembrar: eu também ja fui um!), vocês tem a vida dividida entre amigos reais, amigos virtuais, namorados, paqueras, ficas, jogos de vídeo game, lans house, shoppings, praças Portugal e tantas outras coisas que os impede de ter o tempo ideal para estudar... Sei que a vida de vocês tem tempo para tudo isso, menos para estudar um pouco mais... Bom entender isso eu até entendo, mas deixar tudo para última hora não dá, né? Até para se suicidar a gente precisa de tempo para planejar, comprar o veneno, escrever a carta de adeus e ae se matar (NÃO FAÇAM ISSO, OK? Isso é só para pessoas infelizes e adolescentes NUNCA são infelizes... fica a dica!)...

Por incrível que pareça a dica máxima é: se planejem com tempo para realizar meus trabalhos (e o de todos os professores). Meus trabalhos exigem que vocês tentem aplicar cada conhecimento adquirido dentro de sala de aula... que vocês reflitam sobre a realidade e apliquem os conhecimentos após analisarem a realidade e se posicionarem frente a ela... Não dá, meus queridos, para fazer isso entre minha aula e as 17 h (não me venham com a frase clássica: "professsor, o senhor recebe até que horas? Até as 17h, né?)... Simplesmente não dá tempo e vocês me entregarão um trabalho que não atingirá êxito satisfatório e ae lá vai eu ter que fazer outro trabalho e vocês irão ficar mais tempo quebrando a cabeça com meus trabalhos (beirando a reprovação, diga-se de passagem)... Ciclo vicioso que não quebra nunca...

Então meus caros, tirem um tempinho diário para ir matando a "onça" (meu trabalho) aos poucos e ae vocês vão conseguir de fato fazer um bom trabalho... Se vocês ainda não perceberam eu vou dizer: Vocês dificilmente farão um bom trabalho se deixarem para fazer na véspera ou no dia da entrega! (Fica mais uma dica!) Vocês precisam de tempo para assimilar a realidade ali exposta  porque vocês precisam se posicionar sobre ela, então analisar requer tempo... Façam isso e vocês terão êxito.

Simples né? Hehehehehe... Tá não é tão simples assim, mas nada que prática não resolva...

Até a próxima dica!

E para meus queridos alunos... Uma mãozinha...

Onde trabalho e em parte das escolas do estado do Ceará, entrou-se na maratona de fim de semestre letivo (sim, ainda nao terminamos o ano de "2010" e ainda tem período de recuperação hehe... fazer o que, né?). Estamos em semana de provas bimestrais, provas outras, trabalhos. Como trabalho em uma escola de educação profissional além das matérias da base comum (matemática, português, história e as demais), se tem as disciplinas na base técnico-profissionalizante. Essa parte do currículo segue um foma particular de atuação. Pra se ter uma idéia, estou com recuperação paralela em uma e ministrando outras duas disciplinas (professor sofre, eu sei) e lá vai eu ter que elaborar prova e trabalhos...

Marketing do Turismo é a disciplina já concluída e em fase de recuperação paralela... O pobre do professor tenta (desesperadamente, diga-se de passagem) fazer os alunos entenderem que eles tem que estudar (sim, meus queridos, vocês PRECISAM ESTUDAR para concluir com aprovação o ano letivo...) e que eles não estão na escola "a passeio".

Eu acredito que alforria de muitos está nos estudos e na vontade imensa de mudar o entorno e a própria trajetória de vida... Me pergunto quando eles vão entender e internalizar essas idéias e ideiais... Me chamem de utópico, mas acredito nisso, sim...

Bom, mas voltando ao Marketing Turístico... Os trabalhos aplicados ao longo da disciplina ofereceram (ou tentaram oferecer) aos alunos a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos e que estes não ficassem no plano da teoria. 

Ao longo da disciplina, defendemos a necessidade de se contextualizar esse conhecimento e que os educandos pudessem aplicá-los e compreender sua dimensão dentro da realidade turística. Marketing precisa ser entendido no âmbito de sua atuação, ou seja, dentro da realidade de mercado. Seu objetivo, como defende Eduardo Zardo no livro "Marketing aplicado ao Turismo", é conhecer e compreender o cliente de modo que o produto ou serviço se ajuste a esse cliente e a venda aconteça por si.

Balizados por essa idéia, caminhou-se em algumas estratégias que podem ajudar as empresas e organizações a atingirem seus objetivos.

Estudamos, os aspectos de Composto de Marketing de forma a compreendermos os diversos aspectos que se tem que dominar para direcionar esforços para se atingir os objetivos do marketing. Se usou um texto iinteressante que adaptava o estudos dos "P" do Marketing ao turismo (disponível em: http://www.univercidade.br/uc/cursos/graduacao/tur/pdf/artigos/20081/ospmktur.pdf). 

Estudou-se ainda Segmentação de Mercado, para se entender como direcionar esforços para públicos e alvos específicos (textos interessantes disponíveis em: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/D96040554BFAFB9B03256D520059AE80/$File/310_1_Arquivos_segmercado.pdf e http://www.turismo.pucminas.br/r2n3/Artigos/Segmentacao%20do%20Mercado%20Turistico.pdf).

Observamos ainda as diversas Políticas de Marketing (de Produto, de Distribuição, de Preço, e de Comunicação) de maneira a entender qual a melhor postura a tomar diante de uma determinada conjuntura.

De forma a instrumentlizar alunos, se estudou também Pesquisa de Mercado, instrumento efetivo na tentativa de saber a conjuntura que se insere, se conhecer o público que se quer atingir e as necessidades sempre cambiantes da demanda turística. 

Enfim, essas foram algumas das temáticas abordadas e sempre contextualizadas na realidade, para se garantir que o conhecimento teórico tivesse ecos na realidade da atividade turística.

Cabe aos alunos (repito) estudar!

Outros links interessantes: 

• Marketing, Turismo e Hotelaria: Estratégias de marketing adotadas por hotéis de grande porte na região dos Campos Gerais (disponével em: http://www.pg.cefetpr.br/incubadora/wp-content/themes/utfpr-gerec/artigos/47.pdf)
• Vídeos  institucionaos do destino Brasil produzidos e veiculados pelo Ministério do Turismo (disponível em: http://www.turismo.gov.br/turismo/multimidia/galeria_videos/)
• Vídeo sobre o destino Ceará (disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=hWMF8sCfbQc)

Algumas campanhas de turismo que valem a pena refletir do ponto de vista do Marketing:

Um olhar sobre essas campanhas, nos permite refletir sobre facetas "tabus" do turismo, mas uqe precisam ser refletidas por aqueles que se aventuram a estudar o fenômeno turístico.

Por enquanto é isso, depois vem mais aspectos para se pensar...

Início de ano com novas carinhas no poder...

O ano de 20111 já iniciou sendo marcado pela posse de nossa nova presidente, dos gorvenadores de estado, deputados e senadores. Essas posses sinalizam mudanças vindouras no cenário político em nível nacional e estadual. O Setor do Turismo, como atividade econômica fortemente influenciada pelas reviravoltas políticas, vê nessas novas conjuturas um novo espaço para sua evolução (bem como para seu retrocesso, caso seja mal conduzido).

Em nível nacional, temos Pedro Novais assumindo o ministério do Turismo e, aqui, no Ceará temos Bismarck Maia na condução da Secretaria de Turismo. Aqui em Fortaleza, vale lembrar, temos a Bel. em Direito Patrícia Aguiar a frente da SETFOR (Secretaria de Turismo de Fortaleza). Com esses ilustres novos nomes e novos horizontes políticos, vêm-nos alguns questionamentos: como ficará a condução das políticas públicas voltadas ao turismo ante essa nova configuração? Quais benefícios essa nova conjuntura trará para a atividade turística e para aqueles que dela se beneficiam direta ou indiretamente?

Ao longo da história política do Brasil, o turismo veio ganhando importância marcante através das ações políticas promovidas pelo governo. Em 2003, foi lançado pelo governo federal o Plano Nacional de Turismo - PNT que visa o norteamento das ações para o desenvolvimento do turismo a nível nacional, estadual e local.  Não se pode, ainda, esquecer outras iniciativas governamentais que pontuaram o cenário político de fomento à atividade turística: criação do Ministério do Turismo (2003); Programa de Desenvolvimento do Turismo – PRODETUR (2004); Plano Nacional de Turismo, qualificação da Embratur como Instituto Brasileiro de Turismo e o Programa Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT (1996); o Plano Nacional de Turismo – PLANTUR (1990) (politica não-efetivada em decorrência da instabilidade política do período); criação do Conselho Nacional de Turismo e da Empresa Brasileira de Turismo – EMBRATUR (1966). Bom, não podemos negar que o turismo vem conquistando espaço no cenário político ao longo do tempo e teve marcante boom após o governo Lula. 

Nossas dúvidas ficarão sem respostas até os novos governos apontarem suas diretrizes políticas, até lá esperemos as cenas do próximo capítulo.

A primeira do blog... a primeira do ano... e que seja com pé direito!

1° de janeiro de 2011! Uma data emblemática que nos permite uma série de reflexões em vários dos campos que me envolvo...

Em termos turísticos ligados a minha profissão, podemos afirmar que é a epóca da chamada "alta estação", período onde os fluxos de turistas aumentam consideravelmente nas cidades turísticas brasileiras. A ocupação hoteleira registra 100% dos seus leitos ocupado. Bares, restaurantes, clubes, parques temáticos, enfim os variados pontos turísticos são visitados por levas cambiantes de pessoas quer do mesmo país, quer estrangeiras. Variadas cidades do país e do mundo criam as mais variadas estratégias de marketing para captar a maior fatia possível dos turistas que nessa época estão dispostos a mudar a rotina, conhecer novos destinos e receber o ano vindouro em espaços repletos de entretenimento e opções variadas de diversão. 

Fortaleza não é exceção nesse universo. A cidade, através do incentivo público, em especial da Prefeitura Municipal, cria oportunidades e incentivos a vinda de grandes levas de turistas a cidade. A localidade por si já atrai graças a suas belezas, infraestrutura básica e turística, associada ao crescente e tão polêmico investimento na festa de reveillon promovida pela prefeitura. Nesse show da virada fortalezense, tivemos Caetano Veloso, Martinália, Bateria da Escola de Samba Vila Isabel e Biquini Cavadão, sem contar nas festas em bairros da periferia como Messejana e Conjunto Ceará, valorizando os artistas locais e nordestinos. Claro que a estrela da festa é o povo fortalezense e sua hospitalidade e mistura com os vários sotaques que invadiram a cidade. 

Em termos populares e, por que não dizer, folclóricos, temos as listas de promessas a serem cumpridas e ao longo de 2011. Dietas, idas a academia, parar de fumar e/ou beber, enfim as mil promessas que sempre almejamos e fazemos questão de nunca cumprir... As minhas? Encontrar o programa e investir esforços e estudos para doutorado em 2012 (difícil, ein?). Fora as promessas, temos o espaço para a democratização das mais variadas peripécias e simpatias para garantir um ano novo realmente de sucesso: roupa íntima nova, a cor ideal para o maior desejo, lentilha, não comer as penosas (ciscam para trás, assim sendo, num pode comer. Eu fui de porco, fuça pra frente.. ai pode!), pular sete ondas, banho de sal grosso, roupa branca, comer sete uvas... enfim as mais variadas "mandigas" que garantam um 2011 abençoadíssimo...

Musicalmente, o reveillon te permite um universo variado de sotaques musicais: forró, axé, sertanejo universitário, samba, pagode, funk, MPB, vaneirão, até toada de boi ou tambor de criola serve (e diga-se de passagem, são bem mais interessantes do que muito se toca por ae)... Culturamente, é o espaço da tolerância, do respeito as diferenças do outro, do olhar carinhoso a liberdade que cada um tem de seguir seu caminho da maneira que acha correto.

É o momento de pedir bençãos a Deus independente do nome que ele atenda: Alá, Jesus Cristo, Javé, Oxalá, Brâman, Mãe Natureza, Gaya, "Aquela força maior que rege o mundo" ou qualquer outro nome em qualquer religião. O importante é pedir as bençãos ao mundo, pelo um planeta mais irmão. É pedir e viver o amor, pois sem isso, nenhuma crença é válida, já que se diz (e eu acredito) que "Deus é amor". É pedir paz e acreditar que ela reinará sobre a vida de cada um. É hora de agradecer dizendo-se grato por poder viver mais uma passagem de ano e ter um ano a mais para evoluir e se tornar parceiro da evolução da humanidade.

Um data tão emblemática e que permite tanta análise... hehehehe... Acho que fui muito teórico logo de cara, mas esse sou eu... Deixa eu pegar jeito que o blog fica mais suave e mais a minha cara...  

Então que venha 2011 e, com ele, todo potencial de realizações que ele promete.